sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Esportes Radicais e Aprendizagem




Esportes radicais promovem a socialização e o aprendizado qualitativo

A educação no Brasil pode ser considerada de excelente qualidade até o quinto ano (4ª série). Isso acontece porque a escola, até essa faixa etária, desenvolve projetos de aguçam a criatividade e o interesse dos alunos.
A partir do sexto ano (ou quinta série), as práticas educativas são voltadas para o vestibular, perdendo o centro de interesse dos alunos, que muitas vezes se afastam da escola por esta se apresentar sem atrativos para o grupo.
Por que não buscar conteúdos ligados à realidade dos alunos, aos seus gostos e interesses? O que faz a escola não assumir o controle de sua autonomia, através de práticas mais inovadoras? Por que sempre se voltam a trabalhar vinculados aos conteúdos das grades curriculares, de forma tradicional? Por que não ensinar os alunos a enfrentarem de frente novos desafios?
Na fase da adolescência, os estudantes estão voltados para assuntos que lhes proporcionam prazer, que possam experimentar as novidades, arriscar a transgredir regras. Com isso, a escola que promove uma prática educativa ligada aos interesses dos alunos ganha, tanto na qualidade do trabalho desenvolvido como na permanência desses na escola.
Propor aulas diretamente ligadas ao meio ambiente é uma forma de atrair o interesse do grupo. Caminhadas e trilhas tornam-se grandes oportunidades de se refletir sobre o bioma, a manutenção do mesmo, a preservação das espécies vegetais e animais, porém com uma metodologia mais moderna, mais voltada para o prazer, que se transformará em prazer de aprender.
Além disso, podem ser trabalhados nos passeios o condicionamento físico dos estudantes, o fortalecimento dos músculos da perna e a atividade cardiorespiratória, o que causará melhor ânimo para os estudos. Se no percurso tiver uma tirolesa a ser descida ou uma cachoeira para tomarem um banho, essas poderão ser desfrutadas, pois proporcionarão mais prazer aos participantes. Após toda essa movimentação e as observações feitas poderão ser trabalhadas em sala de aula, como estudo do bioma observado; estudo de física baseado na caminhada e na descida da tirolesa; cálculos baseados na altitude alcançada; relatórios descritivos para análise de língua portuguesa, etc.
Mesmo que os alunos não tenham um material próprio, a escola pode fornecer para o uso coletivo, em revezamento. Os skates e patins também podem causar maior motivação nos estudantes, além de ser uma ótima oportunidade de se trabalhar regras de conduta, comportamento e respeito ao próximo. Aulas técnicas de como praticar esse esporte irão criar um clima de descontração, promovendo reeducação psicomotora, desenvolvimento de habilidades, aumento da concentração, dentre outros. As experiências, as novidades, poderão ser relatadas e discutidas em sala de aula, em todas as disciplinas, como: produção de textos, cálculos das velocidades atingidas, estudos dos graus, saltos, manobras, altura dos saltos, posturas corporais, adrenalina, etc.
Nas cidades que tem praia, outro esporte que favorece o aprendizado de diferentes conteúdos é o surf. Como no skate e na trilha, também trabalha o fortalecimento muscular, o equilíbrio, além de proporcionar prazer para os estudantes. Através desse, os professores podem melhorar a autoestima dos alunos, a capacidade de se concentrar, o equilíbrio, as destrezas corporais e mentais. Nas aulas de educação física, podem desenhar pranchas no chão a fim de trabalhar os movimentos necessários para a prática esportiva, até porque é desta forma que se aprende a surfar, antes de entrar na água e por em prática o que se aprendeu.
Quando tiverem trabalhado o necessário, poderão buscar apoio em entidades não governamentais, clubes ou prefeituras das cidades, que poderão emprestar ou patrocinar os materiais necessários.
Precisamos inovar sempre, encantar nossos alunos para que não desistam das aprendizagens sistemáticas. Com essas práticas e inovações, a escola tenderá a oferecer um ambiente acolhedor, interessante, apropriado, para que os jovens vivam num clima de motivação e capacitação que facilita o aprender.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

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