segunda-feira, 18 de julho de 2016

Scooby inicia projeto das ondas mais perigosas do Brasil em pico de Niterói

Big rider surfa a onda batizada de "choque", na baía de Itacoatiara, que quebra sobre fundo de pedras: "Altos tubos". No Rio, ele ainda vai à ilha da Mãe e Laje do Gardenal

Teahupoo, no Taiti, Pipeline e Jaws, no Havaí, Nazaré, em Portugal, Mavericks, na Califórnia, Dungeons, na África do Sul, Puerto Escondido e Todos os Santos, no México, e Shipsterns Bluff, na Tasmânia. O roteiro de ondas perfeitas e ameaçadoras pelo mundo é conhecido, porém, o big rider Pedro Scooby tem um projeto ambicioso: explorar as mais perigosas do Brasil. E a expedição começou perto para o carioca: um pico escondido em uma baía em Itacoatiara, Niterói (RJ). A onda batizada de "choque" quebra sobre um fundo de pedras. Ele surfou ao lado de outros surfistas cascudos, como Bruninho Santos, Felipe Cesarano, o "Gordo", Erick de Souza e Daniel Rangel, brasileiro que vive na ilha havaiana de Kauai. Um dos amigos de Scooby, inclusive, foi parar no hospital Niterói D'Or ao machucar as costelas no local, mas passa bem.

Pedro Scooby bare projetyo das ondas mais perigosas do Brasil em pico escondido em baía no canto direito de Itacoatiara, Niterói (Foto: Uma Rosa Filmes) 
Pedro Scooby bare projetyo das ondas mais perigosas do Brasil em pico escondido em baía no canto direito de Itacoatiara, Niterói
(Foto: Uma Rosa Filmes)
 
- Esta onda em Niterói é uma das mais perigosas do país, se chama "choque". É pedra para tudo quanto é lado, só que tem um potencial absurdo, altos tubos. Ela quebra em frente a um paredão de pedra, em uma baía de pedra. Da praia de Itacoatiara, não tem como ver a onda, pois ela fica em uma baía de pedra no canto direito. Estamos começando o projeto em busca das ondas mais perigosas do país. E resolvemos começar por essa. Foi muito maneiro. Peguei um tubão gigante. No fim, acabei não saindo, só a prancha, mas deu para ver o quanto a onda é perigosa, com buraco. Um amigo nosso foi para o hospital, achou que tivesse quebrado a costela, mas só tinha machucado, não foi nada sério, mas foi maneiríssimo o dia - contou Scooby.
- O Brasil tem muitas ondas comparadas a nível internacional que não são surfadas, porque são pouco exploradas. E eu estou querendo explorá-las, pois o potencial é muito grande - completou.

Após explorar ondas do Rio, onde vive, Scooby irá realizar expedições em outros estados  (Foto: Uma Rosa Filmes) 
Após explorar ondas do Rio, onde vive, Scooby irá realizar expedições em outros estados 
 (Foto: Uma Rosa Filmes)

Felipe Cesarano, o Gordo, antes de levar a vaca em onda forte no litoral fluminense  (Foto: Uma Rosa Filmes)Felipe Cesarano, o Gordo, antes da vaca em onda forte no litoral do Rio
(Foto: Uma Rosa Filmes)
 
O grupo acordou às 4h da madrugada e chegou a Itacoatiara no momento em que os primeiros raios de sol começaram a reluzir sobre o mar azul da bela praia do litoral fluminense.
No Rio de Janeiro, outras ondas fazem parte do projeto: a ilha da Mãe, logo ao sair da Baía de Guanabara, à direita, que também pertence a Niterói, e a Laje do Gardenal, também conhecida como a Teahupoo carioca, uma onda poderosa que explode sobre pedras perto das Ilhas Tijucas. Depois, Scooby planeja desafiar os perigosos de mares de outros estados. 
- A gente também quer ir para as lajes do Espírito Santo, que também tem altas ondas, são escondidas e ninguém conhece direito. Bahia e Rio Grande do Sul também. Vamos dar uma rodada com este projeto. O que queremos é começar mostrando as que estão em volta de casa, com mais fácil acesso - revelou Scooby. 
O carioca é o que a tribo do surfe batizou de "free surfer", um surfista livre. Ele não disputa competições e dedica o seu tempo apenas para encontrar as melhores e maiores ondas do mundo. Scooby faz parte de uma equipe liderada por Carlos Burle e está se preparando para a temporada de inverno em Nazaré, Portugal.

Fonte: http://globoesporte.globo.com.br

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