quinta-feira, 31 de março de 2016

Por que esportes radicais atraem tanto?
por Renato Miranda
Certa vez estava participando de um trekking (caminhar em regiões naturais) pelas montanhas da Serra dos Órgãos no Estado do Rio de Janeiro. Era uma travessia entre as cidades de Petrópolis e Teresópolis. Nesse trekking as pessoas caminham entre montanhas em altitudes que chegam a mais de dois mil metros, e passam por lugares cujos praticantes podem sofrer sérios acidentes caso não tomem os devidos cuidados.

Esportes radicais estimulam quem está bem preparado
"Atletas de esportes radicais (pára-quedismo, surf, esqui, etc.) gostam de sentir os efeitos da adrenalina e da noradrenalina (embora digam que é “adrenalina pura!”). Em outras palavras, gostam porque sabem que o medo pode ser controlado em forma de alerta e euforia, pois têm consciência do plano de ação e dos movimentos que precisam realizar. Para eles a adrenalina passa a ser um estimulante natural e o corpo fica potencializado para a ação" Ao chegarmos a um determinado ponto chamado “Pedra da Baleia”, uma passagem feita em cima de uma grande rocha abaulada, parecendo o dorso de uma baleia, daí o nome, um colega me perguntou o porquê ele mesmo percebendo uma grande descarga de adrenalina, se sentia tão bem e motivado embora estivesse a poucos metros de um penhasco e que em caso de acidente, qualquer tipo de socorro pouco adiantaria.
Aqui vai minha explicação, que serve para qualquer tipo de atividade ou esporte dito radical, que mesmo com certa carga de perigo, atrai um número considerável de pessoas.

Em primeiro lugar é bom que se diga que o nosso organismo está freqüentemente se preparando para a ação (em qualquer tipo de estresse) ou para a recuperação (homeostase – sono, alimentação). Essa preparação é controlada pelo Sistema Nervoso Autônomo (SNA), que funciona de maneira autonômica e é responsável pela ação de nossos órgãos viscerais internos, coração, pulmões, intestinos, etc.
O SNA é altamente sofisticado por isso tem duas divisões: em ação o SNA é “ajustado” pelo Sistema Nervoso Simpático (SNS), em recuperação esse “ajuste” é feito pelo Sistema Nervoso Parassimpático (SNP).

Sabedoria do corpo
O controle automático do nosso organismo para adaptar e se regular frente às demandas da ação e recuperação recebe o nome de homeostasia, que se refere à permanente tendência dos organismos de manter a constância interna. É o que o fisiologista americano Walter Cannon (1871-1945) chamou de “sabedoria do corpo”, como nos ensina o mestre neurocientista Roberto Lent.

Desse modo observamos que o Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático, na verdade, trabalham em constante harmonia e solidariedade. Aliás, esse é o significado em grego da palavra simpatia. Em essência, o objetivo primordial do Sistema Nervoso Autônomo é tentar constantemente manter o organismo equilibrado internamente.
Em resumo, quando nosso colega de trekking está à beira de um penhasco seu Sistema Nervoso Simpático é ativado para ficar em alerta e preparar suas ações. Assim, o SNS prepara o corpo para “lutar ou fugir” diante um desafio, tarefa ou ameaça providenciando ajustamentos fisiológicos tais como: variação da freqüência e força dos batimentos cardíacos para que o sangue seja bombeado mais rápido pelo corpo, variação da respiração para fornecer oxigênio com mais eficiência, dilatação das pupilas para uma melhor acuidade visual e ativação aguda do sistema neuromuscular para preparar os movimentos.
Toda essa experiência interna acontece em poucos segundos e há uma química natural para favorecer esse “estado de alerta” frente aos desafios e/ou ameaças. Vários hormônios neurotransmissores como a noradrenalina e cortisol são produzidos pelo organismo a fim de “agilizar” a ação simpática. Porém a adrenalina é o hormônio neurotransmissor que melhor representa essa química, pois seu efeito sobre o SNS é contundente, alterando o funcionamento do coração, pulmões e participa dos demais ajustes fisiológicos descritos anteriormente.
A produção de adrenalina é feita por glândulas que ficam acima dos rins chamadas de supra-renais, toda vez que somos expostos a uma grande demanda de estresse físico (exercícios árduos) ou psíquico (medo) a adrenalina será liberada para preparar o organismo para “lutar ou fugir”. Quando enfrentamos desafios, uma pequena variação da adrenalina chamada noradrenalina é produzida a fim de regular nosso tônus muscular para a ação e promover nosso comportamento de impetuosidade. Isso acontece quando estamos preparados para enfrentar a situação ameaçadora ou desafio.

Adrenalina e noradrenalina

Para entender melhor, voltemos ao exemplo inicial do nosso texto. Quando o montanhista chega a um penhasco e é necessário atravessar de um lado para o outro, andando em um espaço de largura reduzida, terá em seu organismo produção de adrenalina combinada com noradrenalina, que fará com que ele controle seu medo, fique em alerta, eufórico e tenha um comportamento relativo à impetuosidade, promovendo uma ação energética e com motivação. Mas se colocarmos uma pessoa despreparada, sem equipamento e, portanto, com baixo nível de consciência do que deve ser feito para enfrentar o dito perigo, a descarga de adrenalina será tão grande que a preparação simpática produzida será para “fugir” do perigo, nesse caso, possivelmente a pessoa ficará imóvel (congelada!) e se conseguir se mover, será para dar meia volta e nada a fará realizar a travessia da “Pedra da Baleia”.

Medo, controle, alerta e euforia

Isso explica por que nosso montanhista e outros atletas de esportes radicais (pára-quedismo, surf, esqui, etc.) gostam de sentir os efeitos da adrenalina e da noradrenalina (embora digam que é “adrenalina pura!”). Em outras palavras, gostam porque sabem que o medo pode ser controlado em forma de alerta e euforia, pois têm consciência do plano de ação e dos movimentos que precisam realizar. Para eles a adrenalina passa a ser um estimulante natural e o corpo fica potencializado para a ação.
O perigo reside na autoconfiança exacerbada, que faz o atleta esquecer os procedimentos de segurança básicos e ignorar o perigo, desprezando os sinais de medo que a adrenalina proporciona. O medo é importante para lhes manter em alerta e fora dos riscos desnecessários. Nota-se que há um número considerável de acidentes fatais registrados com excelentes atletas que em grande parte dos casos, sucumbiram por desprezar o perigo e os sinais do medo.
Em conclusão, poderíamos dizer que na prática de esportes radicais não é adrenalina pura (lembre-se da noradrenalina!) e que todos os bons atletas têm medo. Caso contrário, para que serviria a coragem?


Fonte:http://www2.uol.com.br

terça-feira, 29 de março de 2016

ASA DELTA


A asa-delta é um tipo de aeronave composta por tubos de alumínio, que proporcionam a sua rigidez estrutural, e uma vela feita de tecidos, que funciona como superfície que sofre forças aerodinâmicas, proporcionando a sustentação da asa-delta no ar. A origem deste nome, asa-delta, deu-se pela semelhança da letra grega delta, que tem forma de triângulo, como o formato da asa desta aeronave.

História

'No final do século 6, os chineses construíram pipas gigantes com aerodinâmica suficiente para sustentar o peso de uma pessoa de 80 kg. Foi apenas questão de tempo para que alguém decidisse simplesmente remover as linhas e ver o que acontecia.
O alemão Otto Lilienthal é considerado o pioneiro, pois desde 1871 se dedicava a construção de planadores que ele mesmo testava em um monte construído por ele e sua equipe nas proximidades de Berlim.
O estadunidense Francis Rogallo participou de um programa pioneiro da NASA que pretendia criar um pára-quedas direcionável. Dos estudos que realizou, Rogallo criou uma aeronave que possuía uma estrutura metálica apoiada em um triciclo.
Os australianos John Dickenson, Bill Moyes e Bill Bennett foram os precursores da asa-delta na Austrália em 1969.
No Brasil, Luis Claudio Mattos é considerado o precursor.
 



Recordes

Recorde mundial

O recorde mundial de distância em asa-delta foi alcançado pelo piloto norte-americano Dustin Martin, no dia 4 de Julho de 2012. Decolando rebocado por aeronave ultra-leve (aerotowing), pouco antes de dez horas da manhã, da remota cidade de Zapata (Texas, EUA), próximo à fronteira com o México e pousando às dezenove horas, nos arredores de Lubbock (Texas, EUA) para uma distância total em linha reta de 764 Km. Neste mesmo dia, John Durand Jr., piloto australiano, voou praticamente a mesma rota ao lado de Dustin Martin e, por ter pousado alguns minutos antes, obteve 761 Km, sendo detentor do recorde mundial durante poucos minutos. O recorde anterior era de 700,6 Km executado pelo piloto austríaco Manfred RUHMER do mesmo local, em 2001.

Brasil

No Brasil a maior distância percorrida por uma asa-delta foi obtida pelo piloto brasiliense Eduardo Fernandes, em 15 de Outubro de 2013, decolando da cidade de Tacima (Paraíba) e pousando próximo à cidade de Santa Quitéria (Ceará) para uma distância total de 576 Km. O recorde brasileiro de Eduardo Fernandes também constituiu o novo recorde Sul-Americano da modalidade e, cabe destacar, é o voo mais longo já realizado de uma decolagem de montanha em todos os tempos, em nível mundial. Para dar uma melhor dimensão ao feito de Eduardo Fernandes, nota-se que, ao contrário dos recordes obtidos em voos a partir de Zapata, os quais sempre são realizados com ajuda de avião rebocador durante a decolagem até uma altitude inicial limite de 800 metros acima do solo, a rampa natural para decolagens de Tacima tem apenas cerca de 150 metros de desnível, o que faz do início do voo um momento crítico e muito difícil. A decolagem para o voo do recorde foi realizada entre 7:30 e 8:00 horas da manhã e o piloto permaneceu em voo durante cerca de 10 horas, pousando pouco antes do por-do-sol. O recorde anterior havia sido obtido pelo piloto gaúcho André Wolf decolando da cidade de Caçapava do Sul e pousando na Argentina, próximo à cidade de Mercedes, Província de Corrientes para uma distância total em linha reta de 495 Km. O recorde anterior era de 452 Km, pelo mesmo piloto, decolando da cidade de Quixadá no Ceará em 2007. Antes disso o recorde foi do brasiliense "Fernando DF" com 437 Km, decolando da cidade de Patu no Rio Grande do Norte.
O Brasil, foi campeão mundial de asa-delta por equipe em 1999 e continua sendo um dos países do mundo com maior nível técnico e de praticantes.
Os principais eventos e campeonatos de asa-delta estão listados no calendário da Federação Internacional de Aviação (FAI).

 

Portugal

A maior distância percorrida em asa-delta a partir de Portugal (e alegado recorde da Europa) é de 370 quilômetros, entre a Serra da Gardunha, conselho do Fundão e Almuradiel (Ciudad Real) em Espanha, localidade a sul de Madrid.

sexta-feira, 25 de março de 2016

História do Patins 
 
 


Surgimento do aggressive inline (roller inline)

No Brasil, o Aggressive Inline surgiu em 1992. Os pioneiros na patinação radical em linha foram Cassio Mariani, Fabiano Kenji, Helio Fagundes, Reinaldo (buchecha),Antônio Escorel, Alex Leite(Savaneiro), Renato Kaneshira(Kamikazee), Marcelo Kaneshira,Thiago Negão, Marcinho, entre muitos outros. Nessa época começaram a ser realizadas muitas competições, através da extinda ASA BRASIL (agressive skaters association), que durou até nosso esporte não ser mais "comercialmente viável" em meados de 1999.





A invenção

O patins inline foi inventado nos Estados Unidos da América na década de 1980, por dois irmãos que jogavam hóquei no gelo. Astutos, eles patentearam o equipamento, ficaram Milionarios, investiram nele e fundaram a empresa que é conhecida como RollerBlade.
O crescimento do esporte

O aggressive inline deu seu primeiro grande passo na produção de um filme de longa duração: Dare to Air, um filme feito para os caras que estavam iniciando neste esporte. Dare to Air foi feito com um orçamento baixo, uma produção praticamente caseira, mas que conseguiu passar a idéia de que como seria este esporte, mostrando todas as habilidades de manobras com grau de dificuldades bastante elevados para a época.

Em complemento a o filme anterior, The Hoax foi o primeiro vídeo de manobras realmente agressivas que até virou uma espécie de bíblia para os praticantes do aggressive inline. Arlo Eisenberg fez o maior empenho para que Craig Caryl fizesse este filme. Arlo revelou em entrevista que "se não fosse pelos vídeos, o aggressive Inline não teria a força que tem nos dias de hoje".






Explosão do Aggressive Inline

Em 1995 os X-games que hoje é um evento mundialmente conhecido, nessa época éra bem underground, sem muito apoio sendo conhecido apenas no meio dos esportes envolvidos. Mas ainda sim era muito fraco. Mas em 1995 eles adicionaram o Aggressive Inline no evento. E o sucesso foi estrondoso. A vibe dos atletas contagiou a nação norte-americana. Nesse ano tivemos a modalidade "Park", com rampas coloridas e corrimões retos e de descidas, onde os atletas mostraram o poder do Aggressive Inline combinado da insanidade dos atletas.

Nesta época agente presenciou já manobras de grinds como Soul, Miszow, Back-slide, Alley-oop Back-slide, Front-side que ná época eram chamados de "Rock-slide", fast-slide e alley-oop Miszow. Aéreos eram o forte da época, Mute-grab era um dos mais executados assim como os Back-flips(mortal p/ tráz) e Front-flip(mortal p/ frente).

Giros então... na modalidade "Park", atletas vindo de costas já executavam 720º com perfeição e mortais no Half-pipe ultrapassavam os limites de qualquer esporte que também utilizava o obstáculo.

Isso gerou um inveja grande por parte do pessoal do Skateboard, que via cada dia mais seu esporte ficando extinto.

Como a TV é uma ótima ferramente para formar opiniões, os Skateboarder's não pensaram duas vezes em criar propagandas "Anti-Rollerblading" caluniando o esporte na tentativa de sobreviência no mercado. Já que não conseguiam vencer o pessoal do Aggressive Inline nas pistas, partiram para essa estratégia, causando praticamente uma guerrilha entre as tribos. Infelizmente isso refletiu no Brasil também. O que até hoje ainda há um certo preconceito entre as tribos, porém de maneira muito mais pacífica. Já que isso não leva a nada de bom.

O fator mais decepcionante foi que aos poucos o Skateboard cresceu com essas propagandas e assim o Aggressive Inline foi diminuindo.

Ainda sim os Atletas do Aggressive Inline lutavam e lutam até bravamente. Entre [1999] e [2000] o francês "Taig Chris" Inovou acertando o Double Back-Flip, ou seja, dois mortais para tráz num salto só em Half-Pipe. Nisso as rotações já passavam de 900º e aí veio o Australiano "Shane Youst" e acertou o primeiro 1260º( 3 giros e meio na base). O que novamente provou que o Aggressive Inline é um esporte quase que sem limites e sempre pioneiro no grau de dificuldade das maboras.

Nessa época também uma grande Atleta Brasileira, vinha conquistando muitas medalhas de X-games, tanto que sua evolução foi tão rápida que os organizadores tiveram a idéia de coloca-lá para correr junto com os atletas masculinos. Fabiola da Silva não decepcionou, mostrando mais vez o Aggressive inline é um esporte pioneiro em inovações e que quando o atleta luta com garra o céu é o limite.



O esporte chega ao Brasil

No ano de 1992 e 1993 o Tarmac-CE chegou ao Brasil. A maioria dos praticantes de esportes radicais nem sabia que aquele bizarro patins de cadarço e velcro tinha sido feito por feras americanas, feras que desafiavam todos os obstáculos naturais do street.

Em 1994 o patins Tarmac-CE ganhou fama no Brasil, a tal ponto dos patinadores agressivos ocuparem lugar de destaque em veículos de comunicação do Brasil. Este fato gerou congestionamento nas ruas, deixando os skatistas com alguma inveja.

Nesse ano também foi gravado o filme Manobra Super Radical, no qual Chris Edwards mostrou tudo que sabia e mais um pouco, o street (vertical também). Realizaram um pequeno campeonato, que entrou para os anais da história do esporte como Niss, embora executando apenas manobras como souls e fronts (e em outras vezes alguns mizus).

Ainda em 1994] viria a causar muitos encontros de patinadores de bairros mesmo, que construíam suas rampas com pedações de caixotes, tábuas de construções velhas ou de terrenos baldíos e placa de trânsito para se divertirem. Como o Aggressive In-line era uma coisa nova, todos se arriscavam a fazer coisas retardadas, aéreos eram as primeiras e manobras mais usadas por essa galera. Quem conseguisse tocar nos fios de energia das ruas era considerado um mito praticamente. Uma das coisas mais legais era que a galera era muito unida e diversificada. Muitas meninas patinavam também juntos dos caras e muitas também se jogavam nas rampas. O que veio a causar muitas fraturas na galera. Outro fato em comum, era a famosa "rabeira", esse era outro ato muito cometido pela galera que pegava carona em ônibus, caminhões, Kombis, motos,etc. Que na grande maioria das vezes eram sem autorização dos motorístas o que aumentava adrenalina para os patinadores que se arricavam. Porém onde tem muita adrenalina, ocorre muitos acidentes e fatalidades foram inevitáveis.

Campeonatos

O ano de 1996 marcou uma época de muitas decisões e descobertas. Campeonatos de inline passaram a ser feitos em todo o globo terrestre como, ASA, Niss, Extreme Games, Imyta e muitos outros. Um grande destaque deve ser dado aos australianos, que captaram a essência e a aura deste esporte e estavam obtendo grande destaque em diversos tipos de manobras.

A quantidade de aggressive inliners estava se afunilando e os que restavam estavam começando a radicalizar muito e também estavam deixando de lado as proteções pois estavam vendo que sem elas a evolução era muito melhor. O grande T.J (que já fez o conhecido Niss de 1995 com suas bizarras manobras) firmou-se como um dos esportistas mais completos do aggressive inline internacional e cada vez estava ficando mais equiparado aos melhores do mundo




Declínio

Os praticantes de aggressive inline que seguem cultuando este esporte são aqueles que incorporaram em si a alma deste esporte radical e executam manobras insanas. São atletas amadores que sofrem inúmeros preconceitos da sociedade, como qualquer esporte de esteriótipo jovem que tem características de desafio de limites extremos, sendo também rejeitados por skatistas por terem incorporado os mesmos locais para a prática do esporte.

O aggressive in-line tem sofrido um declínio no Brasil desde a sua explosão no ano de 1996 devido à junção de alguns fatores:
falta de equipamentos de qualidade à venda no mercado nacional;
o preço elevado dos equipamentos;
a falta de locais apropriados para a prática do esporte que é melhor praticado em rampas maiores e com ângulos específicos para a execução das manóbras aéreas do que das pistas de skate comumente existentes;
acima de tudo os empreendedores envolvidos não conseguiram amadurecer um modelo de negócios sustentável, não persistiram em fazer marcas e eventos influentes que inpirassem os praticantes a resistirem no esporte e atraísse novos praticantes. O esporte faliu, só os verdadeiros amantes do esporte continuam até hoje.
Categorias
1- Slalom Inline (Speed & freestyle), Consiste em correr entre cones, no Speed vence quem termina o percurso em menos tempo, e o freestyle consiste em executar vários tipos de manobra no "flat", entre os cones
2- High Jump, Consiste "Pure High Jump" que é Salto em altura de Patins, e ainda "Best Trick" - melhor manobra.
3- Street, são gaps, giros e grinds executados em obstáculos do cenário urbano como rampas, cantoneiras, corrimões, telhados e escadarias, melhores da categoria são Chris Haffey e Brian Aragon
4- Vert, são as mesmas manobras executadas do street, em Halfpipe (rampa em forma de "U");
5- Park; esta modalidade é praticada em pistas especializadas, que possuem obstáculos como mini-ramps, quartes-pipe, funbox, box, corrimões, rampas de 45 graus, muro para Wall-rides, Canyon, jump-launchers e qualquer outro obstáculos que possam ser utilizados. Tudo isso dentro de um espaço reservado. Existem "Parks" ou "Skateparks" privados e públicos. Um dos melhores "Parks" existentes hoje é o "Woodward Camp" que é a empresa responsável pela construção da maioria das pistas para o campeonato mundial X-Games. Esses "Skatepark's" tem seus obstáculos na maioria das vezes feitos em madeira do tipo "MDF" na camada superior em "Skatepark's" indoor e madeira naval quando o "skatepark" fica á céu aberto. Também é comum encontrar muitos "Skatepark's" de concreto com a superfície em "Cimento queimado" o que o torna mais liso e mais aderente para as rodinhas adequadas para manobras.

Remanescentes do Street

O Aggressive Inline, passou por épocas difíceis no Brasil, onde era difícil encontrar espaços próprios para patinar, equipamentos de qualidade e principalmente apoio/patrocínio, que é o incentivo máximo que pode-se dar a um atleta.

Porém desde 1996, alguns atletas da modalidade street continuaram a patinar, mesmo com todos os reveses. Esses atletas eram principalmente do Rio de Janeiro e São Paulo.

Alguns anos se passaram até que alguns atletas do Rio de Janeiro criaram uma página chamada "CPI-MAG", que hoje é o principal canal de contato com os patinadores de street do Brasil. Além da Cpi (sul sudeste) temos a Bizine que atua no Brasil, principalmente no Norte-Nordeste é dirigida tambémpor atletas que organizão o intercambio do esporte no Brasil.

Nessa época abria também uma loja que vendia patins de street de qualidade média, a preços acessíveis. A Traxart, que recentemente lançou seu novo modelo de street: Traxart Ice.

De três anos para cá, o patins street retomou sua força. Temos mais de 2000 atletas(estimativa, já que não existe atualmente uma federação ou associação) espalhados pelo Brasil, divididos nas categorias Profissional, Amador, Iniciante e Feminino.

Atualmente quatro empresas estão trazendo os melhores patins do mundo, bem como peças, acessórios, vídeos, roupas, calçados e etc, facilitando as formas de pagamento, que são todas realizadas na moeda corrente no Brasil. São elas Profect, Powerslide Brasil, Brasil Inline e LifeStreetWear, todas no estado de São Paulo e Subline no nordeste.

Essas empresas, deram um "boost" no mercado. Hoje existem mais de 20 campeonatos por ano, com premiação, patrocinadores, e atletas patrocinados.

terça-feira, 22 de março de 2016

SANDBOARD



Sandboard é um desporto que consiste em descer dunas de areia, com a utilização de uma prancha similar à prancha de snowboard, usada na areia.
Foi criado por volta do ano de 1986, em Florianópolis, Brasil. A ideia surgiu como uma alternativa para os surfistas nos dias em que o mar não estava bom para a prática do surfe e usada também para ensinar o surf.
No início, para descer pelas dunas eram utilizados pedaços de pranchas quebradas só muito raramente utilizavam pranchas inteiras, de madeira e até papelão. Hoje em dia, o formato é bem parecido com o de uma prancha de snowboard e já existem materiais como a fibra de carbono, considerado o material mais avançado do mercado.
Nos últimos anos, o esporte tem tido um grande crescimento e vem atraindo cada vez mais um número maior de adeptos, principalmente após a veiculação de matérias na mídia. Atualmente, o esporte é praticado em vários países, como: Brasil, Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Austrália e África.
O maior nome de todos os tempos deste esporte é o brasileiro Digiácomo Dias


No sandboard existem quatro tipos de competições:
  • Big Air: Nessa modalidade de saltos com manobras, o campeão é aquele que conseguir dar a manobra mais radical. Esta modalidade é a especialidade do brasileiro tetracampeão mundial Digiácomo Dias.
  • Slope Style: Nessa modalidade, semelhante ao street do skate, vence aquele que se sair melhor no percurso com rampas e corrimões.
  • Boardercross: É uma corrida entre quatro atletas em um percurso com obstáculos, rampas e curvas fechadas. Vence aquele que chegar primeiro.
Slalom: É uma descida de velocidade, com o percurso marcado por bandeirinhas que devem ser contornadas.

 

sexta-feira, 18 de março de 2016

Slackline

Quem nunca brincou de corda bamba?
Quem nunca andou em cima do meio fio se equilibrando no paralelepípedo?
Se você gostava de fazer isso, que tal um desafio maior?
Experimente o Slackline!

Slackline é um esporte que começa a tomar conhecimento de todos, nas praias, parques, ou em qualquer lugar!
O desafio desse esporte é se equilibrar em cima de uma fita que fica esticada entre duas arvores, pedras, pilastres e etc.
você ainda pode testar suas habilidades realizando manobras acrobáticas, mas para isso precisara de muita paz, concentração, equilíbrio e força!

Confira algumas fotografias do slackline!

004 4 395968046_204e9cdfe3_b Nativo no high line P1100359 slackblog Slackline_03 slaker2

terça-feira, 15 de março de 2016

BMX

 BMX ou Bicicross é um esporte praticado com bicicletas especiais, uma espécie de corrida em pistas de terra. Surgiu no final da década de 1950 na Europa e se popularizou na Califórnia no começo dos anos 1960.

Origem

Recentemente foi descoberto fotografias e um vídeo que comprovam que o BMX e as suas corridas organizadas não nasceram nos anos 60 e 70 na Califórnia, nos Estados Unidos, mas de fato em Amersfoort, na Holanda no ano de 1958.
Nos anos 60, as crianças imitavam seus ídolos do motocross com suas bicicletas, construíam pistas e faziam corridas informais. Assim nascia um novo esporte. Durante os anos 70 este novo esporte começou a crescer, surgiram equipes, campeonatos, revistas especializadas, marcas novas de peças e bicicletas BMX.
No final dos anos 70 alguns pilotos mais velhos como Tinker Juarez começaram a aventurar-se em piscinas e skateparks, até ai território dos skaters. As manobras que começaram a criar fora das pistas de terra, começaram a dar nas vistas. Surgia o Estilo Livre ou Freestyle. Um dos pioneiros, e considerado "pai" do Freestyle foi o Bob Haro, que inventou muitas das primeiras manobras e também criou a Haro Bikes e a primeira BMX de Freestyle - Haro Freestyler. Outros pioneiros foram R.L. Osbourn, Woody Itson, Mike Dominguez e Martin Aparijo.
Durante os anos 90 apareceu um novo herói, Matt Hoffman, que "salvou" o BMX Freestyle numa época em que a popularidade do BMX quase que desapareceu. Hoffman criou a Hoffman Bikes, organizou campeonatos e bateu vários recordes mundiais e foi durante muitos anos o campeão mundial na disciplina Vert.
Kevin Jones foi a outra grande figura dos anos 90 mas no estilo Flatland. Jones apenas participou em alguns campeonatos como amador no final dos anos 80 mas era suficiente para meter medo aos "Pro's" cada vez que aparecia. Foi na sua pequena cidade de York, Pensilvânia, nos Estados Unidos que ele inventou centenas de manobras novas e criou uma série de filmes chamados "Dorkin' in York" que revolucionaram o Flatland.
O documentário Joe Kid on a Stingray é o primeiro filme a contar a história do BMX desde o lançamento da bicicleta Schwinn Stingray em 1963 até aos X Games passando pela época de ouro do BMX nos anos 80.
O BMX, que para alguns é um esporte e para outros estilo de vida, é caracterizado pelas manobras que vão desde as simples às arriscadas, e sempre onde é praticado chama a atenção do público por ainda ser um esporte novo e pelo belo visual conferido pelas manobras e pela emoção sentida pelo público a cada manobra arriscada.
Atualmente o BMX já está entre os maiores desportos de ação do mundo, sendo inclusive um dos que mais crescem em número de participantes. Vários campeonatos são realizados anualmente, no mundo.

 

Modalidades

O BMX se divide em duas modalidades, o BMX Racing (corrida) e o BMX Freestyle (Manobras).
Já o Freestyle (estilo livre) também é dividido em modalidades, sendo diferenciadas pelo local e a forma de como são executadas as manobras.
Dirt Jumping
É praticado em rampas de terra, com alturas e distâncias variadas, podem ser rampas únicas, doubles, ou sequencias chamadas de trails. As manobras são uma mistura das manobras vistas no vert com os grandes saltos do bicicross.
Vert
Vert ou Vertical é praticado em uma rampas com formato de “U”, denominada Half-Pipe, com manobras nas bordas e nos chamados aéreos (vôos para fora da rampa) onde os atletas buscam executar manobras de alto grau de dificuldade o mais alto possível no dois lados da rampa. É uma modalidade com um belo visual para espectadores.
Street
É praticado nas ruas, os obstáculos são tudo o que possa ser encontrado, desde escadas, corrimãos, paredes, bancos, monumentos e etc. As manobras combinam o Dirt, o Vert e o Flatland são executadas ao se transpor algum obstaculo, e o que vale é a criatividade em cada obstáculo encontrado pelas ruas.
Park
É praticado em percursos fechados (skateparks ou bikeparks) onde se encontram obstáculos que, inicialmente, procuravam simular os obstáculos das ruas, mas actualmente já possui um desenho próprio, com rampas para aéreos e para saltos, bancadas, muros e paredes, e possui ainda hoje algumas poucas simulações de obstáculos encontrados nas ruas, como escadas e corrimãos.
Flatland
É praticado em áreas planas e sem obstáculos, as manobras são um desafio de equilíbrio, criatividade e agilidade que podem ser estáticas (usando travões) ou com muito movimento (sem os travões). Os atletas ou artistas buscam executar varias combinações e variações seguidamente sem interrupção do movimento entre uma manobra e outra. A Bicicleta utilizada no Flatland é a mais diferenciada entre as usadas nas outras modalidades do Freestyle.

No Brasil

No dia 3 de julho de 1978, Orlando Camacho com grande experiência em competições de ciclismo e vários títulos conquistados, foi convidado pela Monark (fabricante de bicicletas) para chefiar a primeira equipe de bicicross Racing da América do Sul., Camacho convidou garotos do bairro da Mooca, em São Paulo, para participarem da equipe.
Na mesma época, a mesma empresa criou uma bicicleta especialmente desenhada para a prática do esporte, que ganhou o nome de BMX. Originalmente ela vinha de fábrica com "tanque", pára-lamas e um banco igual ao de uma moto de motocross. Durante sete meses o bicicross foi divulgado no estado de São Paulo em exibições feitas com rampas de madeira, em escolas e praças.
A primeira pista foi no Guarujá, no litoral paulista, em agosto de 1978. Mais tarde, em 1979 foi construída uma pista na Marginal Pinheiros, em São Paulo, próximo à Ponte da Avenida Cidade Jardim. O local contava com obstáculos, curvas e um poço de lama e os pilotos utilizavam bicicletas e equipamentos fornecidos pela Monark, que era a proprietária do local.
Novos modelos de bicicletas foram lançados e mais pistas foram construídas por todo o país. Hoje, há mais de dois mil pilotos federados. Orlando Camacho também foi o responsável pela introdução no Brasil do Freestyle, outra modalidade BMX. Naquele tempo as exibições eram feitas na pista, com os pilotos se equilibrando em cima das bicicletas, em manobras radicais para a época. Atletas como: Renato Rezende, Leandro Uchôa,Felipe Brick, Gustavo Mesquita, Fernando Montenegro são muito bem sucedidos no esporte.

Em Portugal

A Vilar Tip Top foi a primeira BMX de fabrico nacional em 1980-1981.
No dia 27 de Março de 1986 realizou-se o 1º Bicross Internacional de Troia, uma das maiores corridas de BMX da época com cobertura televisiva.
A Federação Portuguesa de Ciclismo é quem organiza o Campeonato Nacional de BMX (race). O campeão nacional 2014 em Elite é o Carlos Rosado do Clube Bicross de Portimão .
Em 2013 foi iniciado a construção da primeira Pista Olímpica de BMXem Portugal junto ao Velódromo Nacional em Anadia.
Philippe Pereira (1971-2011) foi um dos melhores riders de vert do final dos anos 80, sagrando-se campeão mundial de rampas-17anos nos BMX World's de 1989 em St Ouen, França.
O BMX World's (Campeonato do Mundo de BMX Freestyle) decorreu em Portimão-1998 e Beja-2003 .
A competição Rebel Jam saiu da Alemanha pela primeira vez e escolheu Portimão para a edição de 2010. Foram construídas rampas novas no Parque da Juventude.
O BMX Series é o Campeonato Nacional de BMX Freestyle (Parque/Street) e é disputado nas categorias Open, Juniores e Iniciados. O campeão nacional de 2014 em Open é o Pedro Brás.

 

sexta-feira, 11 de março de 2016

Skatista testa pista do novo centro de esportes radicais de SP

Centro será inaugurado pela Prefeitura na Marginal Tietê.
Pistas poliesportivas do novo centro esportivo atendem skate, bike e patins.

São Paulo vai ganhar seu primeiro complexo público de esportes radicais no dia 26 de março, segundo a Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação. A prefeitura havia informado que o local seria inaugurado neste sábado (12), mas afirma ter adiado por conta das fortes chuvas que atingiram a cidade na madrugada desta sexta-feira (11).
O Centro de Esportes Radicais, construído na Marginal Tietê, na altura do Bom Retiro, região central da cidade, terá pump tracks, que são pistas que atendem skate, bike BMX, patins e patinete, mas não há nenhuma pista exclusiva de nível técnico intermediário ou avançado para o skate no parque.

Embora comemorem o novo espaço, skatistas ouvidos pela reportagem dizem continuar sem pista de qualidade e pedem reformas. A cidade de São Paulo tem cerca de 154 pistas públicas para 500 mil skatistas, segundo a Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação.
Mini Hemp para nível iniciante construída no Centro de Esportes Radicais (Foto: Vivian Reis/G1) 
Mini Ramp para nível iniciante construída no Centro de Esportes Radicais (Foto: Vivian Reis/G1)
Todo o centro esportivo, que custou cerca de R$ 13,4 milhões, segundo a Prefeitura de São Paulo, é um parque voltado para a formação de atletas. O parque agrega esportes pouco convencionais, abrigando ainda o único ginásio de sumô fora do Japão, além de ser vizinho do estádio de beisebol Mie Nishi.
O atleta e construtor de pistas Blue Herbert, que pratica BMX (bicicleta de aro 20 geralmente sem freio) há cerca de 20 anos, projetou as três pistas de pump track do complexo de diferentes níveis técnicos: iniciante, intermediário e avançado. "O sonho é que este tipo de pista não seja mais novidade dentro de dois anos e que haja demanda suficiente para um parque um pouco maior".
Pump Track, pista poliesportiva que atende bike, skate e patins, construída para o nível técnico intermediário. Há ainda pistas para níveis básico e avançado (Foto: Vivian Reis/G1)Pump Track, pista poliesportiva que atende bike, skate e patins, construída para o nível técnico intermediário. Há ainda pistas para níveis básico e avançado (Foto: Vivian Reis/G1)
O empresário Jean Wainer, que pratica parkour há 12 anos, desenhou a pista de 650 m² da modalidade no centro esportivo, a primeira do Brasil. "Para construi-la, me baseei nos obstáculos que vemos nas ruas. Esse esporte nos ensina a reconhecer riscos e enfrentar dificuldades. Ele exige criatividade dos praticantes para trabalhar com os desafios de infinitas formas diferentes", explica.
Pista de parkour terá muros e plataformas de diversas alturas e formatos (Foto: Vivian Reis/G1)Pista de parkour terá muros e plataformas de diversas alturas e formatos (Foto: Vivian Reis/G1)
O skatista e músico Lobão, saiu de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, para conhecer o espaço. Ele gostou da versatilidade das pistas e da localização do centro esportivo, mas sentiu falta de um espaço específico para o skate. "Tem um mini ramp para iniciantes, mas não há obstáculos para o skate", afirma.
Skatista e músico Lobão manobra em pista poliesportiva, que atende bike, skate e patins, no novo Centro de Esportes Radicais. Ele gostou da versatilidade das pistas, mas sentiu falta de espaço específico para o skate (Foto: Vivian Reis/G1)Skatista e músico Lobão manobra em pista poliesportiva, que atende bike, skate e patins, no novo Centro de Esportes Radicais. Ele gostou da versatilidade das pistas, mas sentiu falta de espaço específico para o skate (Foto: Vivian Reis/G1)
Lobão contou que enfrenta dificuldades em encontrar uma pista adequada para a prática do esporte onde mora.
Em 2012, com autorização da Subprefeitura de Itaquera e os recursos de uma empresa, os skatistas da região revitalizaram uma praça que estava abandonada. 


"Criamos obstáculos, pintamos a praça, reunimos mais de cinco mil pessoas no primeiro evento, e no final não tinha uma bituca ou copinho fora do lixo", conta o músico de 35 anos, que pratica skate no local, conhecido como Praça da Estação.
Itaquera não tem lugar para andar de skate. Os desenhos são obsoletos e os obstáculos estão sempre padronizados, isso pela falta de comunicação com os skatistas"
Vinicius Luiz Oliveira, skatista e eletrotécnico morador da Cohab II de Itaquera
De acordo com Lobão, além dos skatistas, moradores da região passaram a frequentar o espaço revitalizado, até que com a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, a prefeitura teria quebrado alguns obstáculos, instalado postes de energia no meio da pista e tornado o local uma praça de alimentação com barraquinhas de comida. 


"A Copa realmente ajudou a 'quebrada', mas explicamos para a subprefeitura que poderíamos fazer a gestão do espaço. Não adiantou, o espaço gourmet também não funcionou e agora está tudo jogado por lá. Era para estar dos sonhos", lamenta.
Praça da Estação, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, foi revitalizada por skatistas, mas transformada em praça de alimentação para a Copa do Mundo de 2014 (Foto: Vivian Reis/G1)Praça da Estação, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, foi revitalizada por skatistas, mas transformada em praça de alimentação para a Copa do Mundo de 2014 (Foto: Vivian Reis/G1)
Skatistas que praticam a modalidade em outras pistas de Itaquera também cobram atenção. O eletrotécnico Vinicius Luiz Oliveira, que pratica skate desde os doze anos, acompanha as obras na Praça Brasil, localizada na Cohab II Itaquera.
Segundo ele, a subprefeitura prometeu uma pista ainda em março, se as chuvas não atrapalharem tanto o andamento das obras.
"Estou acompanhando porque a promessa vem de vários mandatos. Itaquera não tem lugar para andar de skate. Os desenhos são obsoletos e os obstáculos estão sempre padronizados, isso pela falta de comunicação com os skatistas", afirma Oliveira.  "A região é carente e tem muito talento desperdiçado pela falta de 'pico'", acrescenta.
O skatista Deyverson Silva dos Santos, o Dido, também acompanha o desenvolvimento do projeto. "Nos disseram que não tem verba para o projeto inicial, que era maior, e que no máximo fariam algo simples com o dinheiro disponível", conta Dido.
"Não sei nem se seria um apelo ou uma afirmação de direito, mas nós gostaríamos de um espaço adequado para prática de skate em Itaquera. Queremos que nos escutem e que tenham mais compaixão pelos moradores daqui do bairro", completa.
Skatistas da Cohab II acompanham obras na Praça Brasil que, segundo eles, tem projeto de pista há mais de dez anos (Foto: Reprodução/Dido)Skatistas da Cohab II acompanham obras na Praça Brasil que, segundo eles, tem projeto de pista há mais de dez anos (Foto: Reprodução/Dido)
A Subprefeitura de Itaquera informa que apoia a prática do esporte em todas as praças do bairro.
Sobre a Praça da Estação, a subprefeitura diz que o espaço não é dedicado exclusivamente a skatistas e por isso também abriga um espaço gastronômico aos finais de semana.

Em relação à pista da Praça Brasil, a subprefeitura explica que os trabalhos foram retomados nesta semana e que a previsão de conclusão é de aproximadamente um mês.
Muitas das pistas da cidade ficam inutilizadas por conta da falta de manutenção e de consultoria especializada na elaboração dos projetos, de acordo com o vice-presidente da Confederação Brasileira de Skate, Edson Scander.


"Não existe um padrão técnico mundial para construir pistas, mas é preciso o acompanhamento de quem pratica skate, que tenha esse knowhow, para não expor os praticantes a riscos", explica.
O vice-presidente da Federação Paulista, Márcio Baggio, acredita na importância de reativar espaços abandonados. 


“Os brasileiros ainda não conhecem seus campeões. Sandro Dias, Bob Burnquist, Luan de Oliveira, Pedro Barros, Ferrugem. A maior cidade do país deveria ter a maior estrutura para o skate”, defende. “Se houveram polêmicas sobre o uso da Praça Roosevelt, da Avenida Paulista e dos parques do Ibirapuera e da Independência é sinal de que tem muito skatista para pouca área”, continua.

Fonte:http://g1.globo.com.br

terça-feira, 8 de março de 2016

Corrida aérea


Corrida aérea - é um esporte que envolve pequenos aviões e é praticado em todo o mundo. É similar ao automobilismo; mas não é tão divulgado. Tanto é que muitas pessoas não conhecem, porém aquelas que já assistiram dizem nunca mais esquecer. Um dos eventos mais famosos em relação ao esporte é a Red Bull Air Race World Series.

 

História

O primeiro evento na história da corrida aérea ocorreu entre 22 e 29 de Agosto 1909 e designou-se por Grande Semaine d' Aviation de la Champagne, em Reims, com a participação dos fabricantes e os pilotos de aviões mais importantes da era, envolvendo muitas celebridades e a realeza. O evento foi ganho por Glenn Hammond Curtiss, que teve cinco segundos de vantagem em relação ao segundo colocado. Curtiss foi nomeado como o "Piloto Campeão do Mundo". Este evento aconteceu anualmente por muito tempo.
Mais tarde na Inglaterra e Austrália a corrida aérea foi instituída, com linhas aéreas comerciais como Air France, Airways imperiais, KLM, Lufthansa, Pan Am, Qantas e outros que participam.
Em 1921, os Estados Unidos instituíram as reuniões nacionais do ar, que se tornaram corridas nacionais do ar, em 1924. Em 1929, a Air Derby das mulheres tornou-se uma peça do circuito nacional das corridas aéreas. As corridas nacionais do ar duraram até 1939. A Corrida Aérea de Cleveland era um dos eventos os mais importantes das corridas nacionais do ar e sobreviveram no circuito por dez anos, sendo encerrada em 1949. Esse ano, o piloto Bill Odom sofreu um acidente fatal durante uma corrida, matando ainda duas pessoas - uma mãe e seu filho novo -, em uma casa próxima. Em 1947, uma All-Woman Transcontinental Air Race #AWTAR# chamada de "Powder Puff Derby" foi criada. Funcionou com sucesso até 1977.
Em 1964, Bill Stead, um rancheiro de Nevada, piloto, e espectador de corridas de hidroaviões, organizou o primeiro Reno Air Race também chamado de National Championship Air Races foi movido logo para Aeroporto de Reno Stead e acontece lá em todo mês de setembro, desde 1966. O evento, de cinco dias, atrai aproximadamente 200.000 pessoas, e inclui a competição em torno dos cursos marcados para fora por pilões altos por seis classes diferentes do avião. Caracteriza também atos civis do show aéreo, demonstrações militares do vôo, e uma exposição de estática grande do avião.
Outros promoters criaram eventos no país, incluindo as corridas no deserto de Mojave, em 1978; em Hamilton, Califórnia, em 1988; em Phoenix, Arizona, em 1994, e em 1995; e em Tunica, Mississippi em 2005.
Em 2003, a Red Bull criou uma série chamada Red Bull Air Race World Series, em que concorrentes voam entre uma série de portas, num circuito onde devem apresentar uma série prescrita manobras acrobáticas. As corridas geralmente ocorrem sobre a água excedente presa perto das cidades grandes. A série tem atraído grandes multidões e o interesse substancial pela corrida aérea, fato que não ocorria há décadas.

Notáveis pilotos da corrida aérea

 

sexta-feira, 4 de março de 2016

 

O que são esportes radicais e quando surgiu?

Esporte de aventura também conhecido como esporte radical, são termos usados para designar esportes com um alto grau de risco físico, dado às condições extremas de altura, velocidade ou outras variantes em que são praticados.
A definição de esporte de aventura surgiu depois de anos trocas devido a discussões de marketing. O termo surgiu no final dos anos 80 e início dos anos 90, quando foi usado para designar esporte de adultos como o skydiving, surf, alpinismo, montanhismo, pára-quedismo, hang gliding e bungee jumping, treeking e mountain bike que antes eram esportes praticados por um pequeno grupo de pessoas, passou a se tornar populares em pouco tempo.
O termo ganhou popularidade com o advento dos X Games, uma coleção de eventos radicais feito especialmente para a televisão. Os anunciantes rapidamente começaram a divulgar o evento para a população geral, como conseqüência, os competidores e organizadores que desses esportes começaram a ganhar patrocínio para continuar no esporte. O alto profissionalismo dos esporte de aventura e da cultura envolvida nisso, dava “espaço” para a invenção de paródias sobre o tema, como o Extreme ironing (Passando roupas ao extremo), Urban housework (Trabalho de casa urbano), Extreme croquet (Croquete extremo) e House gymnastics (Ginástica caseira).
Uma característica de atividades semelhantes na visão de muitas pessoas é que alegado a capacidade de causar a aceleração da adrenalina nos participantes. De qualquer forma, a visão médica é que a pressa ou altura associadas com uma atividade não é responsável para que a adrenalina lance hormônios responsáveis pelo medo, mas sim pelo aumento dos níveis de dopamina, endorfina e serotonina por causa do alto nível de esforço psíquico. Além disto, um estudo recente sugere que haja uma ligação para a adrenalina e a “verdade” dos esportes radicais. O estudo define “verdade” dos esportes radicais como um lazer ou atividade recreativa muito agradável, mas se tiver uma má administração poderão gerar acidentes e até a morte do praticante. Esta definição é designada para separar anúncio comercial que exagera na descrição dos fatos e "aumenta" a verdade da atividade realizada. Outra característica das atividades rotuladas é que elas tendem serem de preferência individuais do que esportes de equipe. Os esportes radicais podem incluir ambas atividades competitivas e não-competitivas.
Muitos participantes quase não sabem de todas as atividades que os esportes radicais compreendem. O mais apaixonado purista, o rótulo dos praticantes dos esportes radicais, não combina com a realidade, porque eles não competem para ganhar “qualquer coisa”. De forma mais grave, os esportes radicais são freqüentemente rotulados como culpados por estereotipar os participantes desta atividade como estúpidos, impulsivos, e às vezes suicida.
Alguns dos esportes já existem há décadas e são proponentes de gerações de momento, algumas dão origem a personalidades bem conhecidas. A escalada tem gerado nomes reconhecidos publicamente como o Edmund Hillary, Chris Bonington, Wolfgang Gullich e mais recentemente Joe Simpson. Outro exemplo, de esporte radical que originalmente foi inventado séculos atrás foi o surf e o bungee jump, ambos criados pelos nativos havainos como forma de “teste” entre os homens da aldeia.

terça-feira, 1 de março de 2016

Balonismo 

O balonismo é um desporto aeronáutico praticado com um balão de ar quente. Possui adeptos em todo o mundo. No Brasil , o esporte começou a se popularizar a partir dos anos 90.
O balão é considerado uma aeronave assim como avião, helicópteros e outros. Por esta razão o balão deve ter uma matricula (prefixo) registrado junto à ANAC, seu piloto deve possuir uma licença (brevê) específico para a pratica do balonismo também emitido pela ANAC. Além disso o balão deve possuir uma apólice de seguro aeronáutico, um certificado de autorização de voo obrigatórios O balonismo no Brasil (e no mundo) vem se desenvolvendo principalmente por servir como uma poderosa ferramenta de mídia, atraindo anunciantes de todos os segmentos, ou seja; a presença nos balões de logomarcas de grandes empresas e/ou campanhas publicitárias vem auxiliando no desenvolvimento e popularização do esporte. Se carregarmos muito o balão ele podemos levar a lua.

Competições

Os campeonatos de balonismo são elaborados de forma bastante criteriosa e as "performances" levam em consideração a precisão dos pilotos em voo. Alvos são distribuídos numa cidade ou região, e um diretor técnico determina quais alvos devem ser percorridos de acordo com as condições climáticas momentos antes de cada prova. Os vencedores são aqueles que ao final de cada prova obtém os melhores resultados. O campeão é determinado pela pontuação acumulada ao final de cada Campeonato.

Segurança

O balonismo é reconhecido pela FAI (Federation Aeronautique Internacionale) como o desporto aéreo mais seguro, com índices de acidentes próximo à zero. No Brasil costuma-se confundir ainda hoje a atividade balonismo (que é regulamentada e legal) com a soltura de balões de papel (baloeiros); que é proibida pelas leis brasileiras.

Tipos de balões

o balonismo se divide em 3 categorias principais sendo elas:

Balões de hélio tripulados

Balão de Hélio em Ahmedabad, Índia.
São bastante raros hoje em dia devido aos seus custos proibitivos. São balões "fechados" onde a ascensão se dá pelo enchimento de gás hélio (He). Sendo este gás mais leve que o ar atmosférico, o balão eleva-se a grandes altitudes, e por isso se torna capaz de viajar por longas distâncias.
As únicas competições existentes no mundo para este tipo de balão, são as à distância. Nestas competições as equipes voam por dias ininterruptamente, onde a equipe vencedora é aquela que consegue levar seu balão o mais distante possível em relação ao ponto de partida.
Também devido ao alto custo estas competições são mais raras do que as das outras categorias.

Balões de ar quente tripulados

São estes os mais comuns e com maiores adeptos no mundo. A ascensão do balão se dá pelo aquecimento do ar atmosférico, que ficando menos denso eleva o balão. O combustível normalmente utilizado ;e o gás propano C3H8. A carga que um balão de ar quente pode elevar, depende exclusivamente do tamanho de seu envelope (balão). Um balão considerado "normal" tem em média de 2.000m3 à 3.000m3 de volume interno e pode levar entre 2 e 5 pessoas. Existem ainda os balões considerados "turísticos" que tem de 5.000m3 à 24.000m3 e podem levar de 6 até 35 passageiros por vôo. Os locais mais famosos para este tipo de passeio turístico são a Capadócia (Turquia); Ródano (França), Napa Valley (EUA).
Esta atividade no Brasil ainda é pouco explorada, mas existem voos nas cidades de Boituva, Rio Claro, Piracicaba e Sorocaba (SP), Campo Largo (PR) e também São Lourenço (MG), Torres e Canela (RS).

Balões de ar quente tipo special shape

Os equipamentos são similares aos utilizados nos balões normais porém seus envelopes tem formas variadas. As formas podem ser de animais, embalagens de produtos, personagem e o que mais a imaginação dos pilotos permitir. São balões de construção extremamente complexa, seu peso pode variar entre 2x até 10x o peso de um envelope normal. Sua pilotagem também exige grande perícia e são poucos pilotos no mundo que conduzem este tipo de balão.
O Brasil vem se destacando internacionalmente com a construção de balões Special Shapes, sendo hoje o segundo país no mundo na quantidade de balões deste tipo fabricados. Muitos "shapes" famosos em eventos internacionais são fabricados no Brasil.
Em 2003 no AIBF Albuquerque International Balloon Fiesta (o maior evento de balão do mundo com a presença de 900 balões entre normais e shapes) 02 pilotos brasileiros (Eduardo de Melo e Mauro Chemin) ganharam o premio de melhor shape do evento por voto popular, com 2 balões no formato de abelhas que decolavam de mãos dadas. Este feito jamais tinha sido alcançado por uma equipe brasileira antes.
Este mesmo balão participou também do evento Canberra Ballon Fiesta em 2006, atraindo grande atenção dos espectadores.

Principais provas de balonismo

Vista inferior de um balão em ação
  • Fly In: Os competidores tentarão voar para um alvo comum, determinado pelo juiz. Aquele que conseguir jogar sua marca o mais próximo do alvo, será o vencedor.
  • Fly On (ou Continuação de Vôo): Os competidores vão declarar seu próximo alvo em vôo, escrevendo suas coordenadas na marca da prova anterior, e tentarão voar para o seu alvo. Quem conseguir atingir a menor distância do seu alvo declarado, será o vencedor.
  • Caça à Raposa: Um balão decola antes dos competidores e faz um percurso aleatório de vôo. Após um determinado período de tempo (geralmente entre 10 e 30 minutos, dependendo das condições de vento), os outros balões decolam e procuram seguir o mesmo percurso, em busca do balão raposa. O competidor que conseguir pousar mais próximo do ponto onde o balão raposa aterrissou será o vencedor. Vale lembrar que esta não é uma prova competitiva e é utilizada apenas em festivais ou eventos não competitivos.
  • Key Grab (ou Prova da Chave): Um mastro é colocado na área de público do evento e os competidores podem escolher um ponto de decolagem livremente, a uma distância mínima determinada pela organização. Vence o balão que consegue se aproximar em voo do mastro e agarrar a chave - ou o símbolo da festa - pendurado em sua ponta.
  • Alvo declarado pelo juiz: Os balonistas procuram jogar suas marcas (um saquinhos de areia com uma fita com o número de seu balão) bem em cima de um alvo colocado no solo. Quando há mais de um alvo declarado, e o competidores pode escolher o alvo que melhor lhe convier, a prova é chamada de Valsa de Hesitação.
  • Cotovelo: Nesta tarefa, o balonista decola, voa para um alvo, atinge-o com a marca e depois, desviando o rumo, voa para um segundo alvo e joga outra marca. Ganha mais pontos o balonista que, nessa mudança de rumo, fizer um ângulo mais apertado.