História do Patins
Surgimento do aggressive inline (roller inline)
No Brasil, o Aggressive Inline surgiu em 1992. Os pioneiros na patinação radical em linha foram Cassio Mariani, Fabiano Kenji, Helio Fagundes, Reinaldo (buchecha),Antônio Escorel, Alex Leite(Savaneiro), Renato Kaneshira(Kamikazee), Marcelo Kaneshira,Thiago Negão, Marcinho, entre muitos outros. Nessa época começaram a ser realizadas muitas competições, através da extinda ASA BRASIL (agressive skaters association), que durou até nosso esporte não ser mais "comercialmente viável" em meados de 1999.
A invenção
O patins inline foi inventado nos Estados Unidos da América na década de 1980, por dois irmãos que jogavam hóquei no gelo. Astutos, eles patentearam o equipamento, ficaram Milionarios, investiram nele e fundaram a empresa que é conhecida como RollerBlade.
O crescimento do esporte
O aggressive inline deu seu primeiro grande passo na produção de um filme de longa duração: Dare to Air, um filme feito para os caras que estavam iniciando neste esporte. Dare to Air foi feito com um orçamento baixo, uma produção praticamente caseira, mas que conseguiu passar a idéia de que como seria este esporte, mostrando todas as habilidades de manobras com grau de dificuldades bastante elevados para a época.
Em complemento a o filme anterior, The Hoax foi o primeiro vídeo de manobras realmente agressivas que até virou uma espécie de bíblia para os praticantes do aggressive inline. Arlo Eisenberg fez o maior empenho para que Craig Caryl fizesse este filme. Arlo revelou em entrevista que "se não fosse pelos vídeos, o aggressive Inline não teria a força que tem nos dias de hoje".
Explosão do Aggressive Inline
Em 1995 os X-games que hoje é um evento mundialmente conhecido, nessa época éra bem underground, sem muito apoio sendo conhecido apenas no meio dos esportes envolvidos. Mas ainda sim era muito fraco. Mas em 1995 eles adicionaram o Aggressive Inline no evento. E o sucesso foi estrondoso. A vibe dos atletas contagiou a nação norte-americana. Nesse ano tivemos a modalidade "Park", com rampas coloridas e corrimões retos e de descidas, onde os atletas mostraram o poder do Aggressive Inline combinado da insanidade dos atletas.
Nesta época agente presenciou já manobras de grinds como Soul, Miszow, Back-slide, Alley-oop Back-slide, Front-side que ná época eram chamados de "Rock-slide", fast-slide e alley-oop Miszow. Aéreos eram o forte da época, Mute-grab era um dos mais executados assim como os Back-flips(mortal p/ tráz) e Front-flip(mortal p/ frente).
Giros então... na modalidade "Park", atletas vindo de costas já executavam 720º com perfeição e mortais no Half-pipe ultrapassavam os limites de qualquer esporte que também utilizava o obstáculo.
Isso gerou um inveja grande por parte do pessoal do Skateboard, que via cada dia mais seu esporte ficando extinto.
Como a TV é uma ótima ferramente para formar opiniões, os Skateboarder's não pensaram duas vezes em criar propagandas "Anti-Rollerblading" caluniando o esporte na tentativa de sobreviência no mercado. Já que não conseguiam vencer o pessoal do Aggressive Inline nas pistas, partiram para essa estratégia, causando praticamente uma guerrilha entre as tribos. Infelizmente isso refletiu no Brasil também. O que até hoje ainda há um certo preconceito entre as tribos, porém de maneira muito mais pacífica. Já que isso não leva a nada de bom.
O fator mais decepcionante foi que aos poucos o Skateboard cresceu com essas propagandas e assim o Aggressive Inline foi diminuindo.
Ainda sim os Atletas do Aggressive Inline lutavam e lutam até bravamente. Entre [1999] e [2000] o francês "Taig Chris" Inovou acertando o Double Back-Flip, ou seja, dois mortais para tráz num salto só em Half-Pipe. Nisso as rotações já passavam de 900º e aí veio o Australiano "Shane Youst" e acertou o primeiro 1260º( 3 giros e meio na base). O que novamente provou que o Aggressive Inline é um esporte quase que sem limites e sempre pioneiro no grau de dificuldade das maboras.
Nessa época também uma grande Atleta Brasileira, vinha conquistando muitas medalhas de X-games, tanto que sua evolução foi tão rápida que os organizadores tiveram a idéia de coloca-lá para correr junto com os atletas masculinos. Fabiola da Silva não decepcionou, mostrando mais vez o Aggressive inline é um esporte pioneiro em inovações e que quando o atleta luta com garra o céu é o limite.
O esporte chega ao Brasil
No ano de 1992 e 1993 o Tarmac-CE chegou ao Brasil. A maioria dos praticantes de esportes radicais nem sabia que aquele bizarro patins de cadarço e velcro tinha sido feito por feras americanas, feras que desafiavam todos os obstáculos naturais do street.
Em 1994 o patins Tarmac-CE ganhou fama no Brasil, a tal ponto dos patinadores agressivos ocuparem lugar de destaque em veículos de comunicação do Brasil. Este fato gerou congestionamento nas ruas, deixando os skatistas com alguma inveja.
Nesse ano também foi gravado o filme Manobra Super Radical, no qual Chris Edwards mostrou tudo que sabia e mais um pouco, o street (vertical também). Realizaram um pequeno campeonato, que entrou para os anais da história do esporte como Niss, embora executando apenas manobras como souls e fronts (e em outras vezes alguns mizus).
Ainda em 1994] viria a causar muitos encontros de patinadores de bairros mesmo, que construíam suas rampas com pedações de caixotes, tábuas de construções velhas ou de terrenos baldíos e placa de trânsito para se divertirem. Como o Aggressive In-line era uma coisa nova, todos se arriscavam a fazer coisas retardadas, aéreos eram as primeiras e manobras mais usadas por essa galera. Quem conseguisse tocar nos fios de energia das ruas era considerado um mito praticamente. Uma das coisas mais legais era que a galera era muito unida e diversificada. Muitas meninas patinavam também juntos dos caras e muitas também se jogavam nas rampas. O que veio a causar muitas fraturas na galera. Outro fato em comum, era a famosa "rabeira", esse era outro ato muito cometido pela galera que pegava carona em ônibus, caminhões, Kombis, motos,etc. Que na grande maioria das vezes eram sem autorização dos motorístas o que aumentava adrenalina para os patinadores que se arricavam. Porém onde tem muita adrenalina, ocorre muitos acidentes e fatalidades foram inevitáveis.
Campeonatos
O ano de 1996 marcou uma época de muitas decisões e descobertas. Campeonatos de inline passaram a ser feitos em todo o globo terrestre como, ASA, Niss, Extreme Games, Imyta e muitos outros. Um grande destaque deve ser dado aos australianos, que captaram a essência e a aura deste esporte e estavam obtendo grande destaque em diversos tipos de manobras.
A quantidade de aggressive inliners estava se afunilando e os que restavam estavam começando a radicalizar muito e também estavam deixando de lado as proteções pois estavam vendo que sem elas a evolução era muito melhor. O grande T.J (que já fez o conhecido Niss de 1995 com suas bizarras manobras) firmou-se como um dos esportistas mais completos do aggressive inline internacional e cada vez estava ficando mais equiparado aos melhores do mundo.
Declínio
Os praticantes de aggressive inline que seguem cultuando este esporte são aqueles que incorporaram em si a alma deste esporte radical e executam manobras insanas. São atletas amadores que sofrem inúmeros preconceitos da sociedade, como qualquer esporte de esteriótipo jovem que tem características de desafio de limites extremos, sendo também rejeitados por skatistas por terem incorporado os mesmos locais para a prática do esporte.
O aggressive in-line tem sofrido um declínio no Brasil desde a sua explosão no ano de 1996 devido à junção de alguns fatores:
falta de equipamentos de qualidade à venda no mercado nacional;
o preço elevado dos equipamentos;
a falta de locais apropriados para a prática do esporte que é melhor praticado em rampas maiores e com ângulos específicos para a execução das manóbras aéreas do que das pistas de skate comumente existentes;
acima de tudo os empreendedores envolvidos não conseguiram amadurecer um modelo de negócios sustentável, não persistiram em fazer marcas e eventos influentes que inpirassem os praticantes a resistirem no esporte e atraísse novos praticantes. O esporte faliu, só os verdadeiros amantes do esporte continuam até hoje.
Categorias
1- Slalom Inline (Speed & freestyle), Consiste em correr entre cones, no Speed vence quem termina o percurso em menos tempo, e o freestyle consiste em executar vários tipos de manobra no "flat", entre os cones
2- High Jump, Consiste "Pure High Jump" que é Salto em altura de Patins, e ainda "Best Trick" - melhor manobra.
3- Street, são gaps, giros e grinds executados em obstáculos do cenário urbano como rampas, cantoneiras, corrimões, telhados e escadarias, melhores da categoria são Chris Haffey e Brian Aragon
4- Vert, são as mesmas manobras executadas do street, em Halfpipe (rampa em forma de "U");
5- Park; esta modalidade é praticada em pistas especializadas, que possuem obstáculos como mini-ramps, quartes-pipe, funbox, box, corrimões, rampas de 45 graus, muro para Wall-rides, Canyon, jump-launchers e qualquer outro obstáculos que possam ser utilizados. Tudo isso dentro de um espaço reservado. Existem "Parks" ou "Skateparks" privados e públicos. Um dos melhores "Parks" existentes hoje é o "Woodward Camp" que é a empresa responsável pela construção da maioria das pistas para o campeonato mundial X-Games. Esses "Skatepark's" tem seus obstáculos na maioria das vezes feitos em madeira do tipo "MDF" na camada superior em "Skatepark's" indoor e madeira naval quando o "skatepark" fica á céu aberto. Também é comum encontrar muitos "Skatepark's" de concreto com a superfície em "Cimento queimado" o que o torna mais liso e mais aderente para as rodinhas adequadas para manobras.
Remanescentes do Street
O Aggressive Inline, passou por épocas difíceis no Brasil, onde era difícil encontrar espaços próprios para patinar, equipamentos de qualidade e principalmente apoio/patrocínio, que é o incentivo máximo que pode-se dar a um atleta.
Porém desde 1996, alguns atletas da modalidade street continuaram a patinar, mesmo com todos os reveses. Esses atletas eram principalmente do Rio de Janeiro e São Paulo.
Alguns anos se passaram até que alguns atletas do Rio de Janeiro criaram uma página chamada "CPI-MAG", que hoje é o principal canal de contato com os patinadores de street do Brasil. Além da Cpi (sul sudeste) temos a Bizine que atua no Brasil, principalmente no Norte-Nordeste é dirigida tambémpor atletas que organizão o intercambio do esporte no Brasil.
Nessa época abria também uma loja que vendia patins de street de qualidade média, a preços acessíveis. A Traxart, que recentemente lançou seu novo modelo de street: Traxart Ice.
De três anos para cá, o patins street retomou sua força. Temos mais de 2000 atletas(estimativa, já que não existe atualmente uma federação ou associação) espalhados pelo Brasil, divididos nas categorias Profissional, Amador, Iniciante e Feminino.
Atualmente quatro empresas estão trazendo os melhores patins do mundo, bem como peças, acessórios, vídeos, roupas, calçados e etc, facilitando as formas de pagamento, que são todas realizadas na moeda corrente no Brasil. São elas Profect, Powerslide Brasil, Brasil Inline e LifeStreetWear, todas no estado de São Paulo e Subline no nordeste.
Essas empresas, deram um "boost" no mercado. Hoje existem mais de 20 campeonatos por ano, com premiação, patrocinadores, e atletas patrocinados.
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