terça-feira, 1 de março de 2016

Balonismo 

O balonismo é um desporto aeronáutico praticado com um balão de ar quente. Possui adeptos em todo o mundo. No Brasil , o esporte começou a se popularizar a partir dos anos 90.
O balão é considerado uma aeronave assim como avião, helicópteros e outros. Por esta razão o balão deve ter uma matricula (prefixo) registrado junto à ANAC, seu piloto deve possuir uma licença (brevê) específico para a pratica do balonismo também emitido pela ANAC. Além disso o balão deve possuir uma apólice de seguro aeronáutico, um certificado de autorização de voo obrigatórios O balonismo no Brasil (e no mundo) vem se desenvolvendo principalmente por servir como uma poderosa ferramenta de mídia, atraindo anunciantes de todos os segmentos, ou seja; a presença nos balões de logomarcas de grandes empresas e/ou campanhas publicitárias vem auxiliando no desenvolvimento e popularização do esporte. Se carregarmos muito o balão ele podemos levar a lua.

Competições

Os campeonatos de balonismo são elaborados de forma bastante criteriosa e as "performances" levam em consideração a precisão dos pilotos em voo. Alvos são distribuídos numa cidade ou região, e um diretor técnico determina quais alvos devem ser percorridos de acordo com as condições climáticas momentos antes de cada prova. Os vencedores são aqueles que ao final de cada prova obtém os melhores resultados. O campeão é determinado pela pontuação acumulada ao final de cada Campeonato.

Segurança

O balonismo é reconhecido pela FAI (Federation Aeronautique Internacionale) como o desporto aéreo mais seguro, com índices de acidentes próximo à zero. No Brasil costuma-se confundir ainda hoje a atividade balonismo (que é regulamentada e legal) com a soltura de balões de papel (baloeiros); que é proibida pelas leis brasileiras.

Tipos de balões

o balonismo se divide em 3 categorias principais sendo elas:

Balões de hélio tripulados

Balão de Hélio em Ahmedabad, Índia.
São bastante raros hoje em dia devido aos seus custos proibitivos. São balões "fechados" onde a ascensão se dá pelo enchimento de gás hélio (He). Sendo este gás mais leve que o ar atmosférico, o balão eleva-se a grandes altitudes, e por isso se torna capaz de viajar por longas distâncias.
As únicas competições existentes no mundo para este tipo de balão, são as à distância. Nestas competições as equipes voam por dias ininterruptamente, onde a equipe vencedora é aquela que consegue levar seu balão o mais distante possível em relação ao ponto de partida.
Também devido ao alto custo estas competições são mais raras do que as das outras categorias.

Balões de ar quente tripulados

São estes os mais comuns e com maiores adeptos no mundo. A ascensão do balão se dá pelo aquecimento do ar atmosférico, que ficando menos denso eleva o balão. O combustível normalmente utilizado ;e o gás propano C3H8. A carga que um balão de ar quente pode elevar, depende exclusivamente do tamanho de seu envelope (balão). Um balão considerado "normal" tem em média de 2.000m3 à 3.000m3 de volume interno e pode levar entre 2 e 5 pessoas. Existem ainda os balões considerados "turísticos" que tem de 5.000m3 à 24.000m3 e podem levar de 6 até 35 passageiros por vôo. Os locais mais famosos para este tipo de passeio turístico são a Capadócia (Turquia); Ródano (França), Napa Valley (EUA).
Esta atividade no Brasil ainda é pouco explorada, mas existem voos nas cidades de Boituva, Rio Claro, Piracicaba e Sorocaba (SP), Campo Largo (PR) e também São Lourenço (MG), Torres e Canela (RS).

Balões de ar quente tipo special shape

Os equipamentos são similares aos utilizados nos balões normais porém seus envelopes tem formas variadas. As formas podem ser de animais, embalagens de produtos, personagem e o que mais a imaginação dos pilotos permitir. São balões de construção extremamente complexa, seu peso pode variar entre 2x até 10x o peso de um envelope normal. Sua pilotagem também exige grande perícia e são poucos pilotos no mundo que conduzem este tipo de balão.
O Brasil vem se destacando internacionalmente com a construção de balões Special Shapes, sendo hoje o segundo país no mundo na quantidade de balões deste tipo fabricados. Muitos "shapes" famosos em eventos internacionais são fabricados no Brasil.
Em 2003 no AIBF Albuquerque International Balloon Fiesta (o maior evento de balão do mundo com a presença de 900 balões entre normais e shapes) 02 pilotos brasileiros (Eduardo de Melo e Mauro Chemin) ganharam o premio de melhor shape do evento por voto popular, com 2 balões no formato de abelhas que decolavam de mãos dadas. Este feito jamais tinha sido alcançado por uma equipe brasileira antes.
Este mesmo balão participou também do evento Canberra Ballon Fiesta em 2006, atraindo grande atenção dos espectadores.

Principais provas de balonismo

Vista inferior de um balão em ação
  • Fly In: Os competidores tentarão voar para um alvo comum, determinado pelo juiz. Aquele que conseguir jogar sua marca o mais próximo do alvo, será o vencedor.
  • Fly On (ou Continuação de Vôo): Os competidores vão declarar seu próximo alvo em vôo, escrevendo suas coordenadas na marca da prova anterior, e tentarão voar para o seu alvo. Quem conseguir atingir a menor distância do seu alvo declarado, será o vencedor.
  • Caça à Raposa: Um balão decola antes dos competidores e faz um percurso aleatório de vôo. Após um determinado período de tempo (geralmente entre 10 e 30 minutos, dependendo das condições de vento), os outros balões decolam e procuram seguir o mesmo percurso, em busca do balão raposa. O competidor que conseguir pousar mais próximo do ponto onde o balão raposa aterrissou será o vencedor. Vale lembrar que esta não é uma prova competitiva e é utilizada apenas em festivais ou eventos não competitivos.
  • Key Grab (ou Prova da Chave): Um mastro é colocado na área de público do evento e os competidores podem escolher um ponto de decolagem livremente, a uma distância mínima determinada pela organização. Vence o balão que consegue se aproximar em voo do mastro e agarrar a chave - ou o símbolo da festa - pendurado em sua ponta.
  • Alvo declarado pelo juiz: Os balonistas procuram jogar suas marcas (um saquinhos de areia com uma fita com o número de seu balão) bem em cima de um alvo colocado no solo. Quando há mais de um alvo declarado, e o competidores pode escolher o alvo que melhor lhe convier, a prova é chamada de Valsa de Hesitação.
  • Cotovelo: Nesta tarefa, o balonista decola, voa para um alvo, atinge-o com a marca e depois, desviando o rumo, voa para um segundo alvo e joga outra marca. Ganha mais pontos o balonista que, nessa mudança de rumo, fizer um ângulo mais apertado.

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