Surfista gaúcho leva, nestes sábado e domingo, workshop que já passou em diversos lugares do Brasil, no qual ensina crianças a confeccionarem o brinquedo usando lixo
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Fico sempre muito feliz de poder repassar esse conhecimento para a
garotada.
Na realidade, essa é uma atividade que envolve outras e suscita
situações que vão além da limpeza do meio ambiente e da prática do
esporte. Estamos
falando de uma maneira também da garotada até comercializar as pranchas,
alugá-las.
Ou apenas brincar no mar, sem ter de desembolsar valores altos.
Jairo Lumertz parte para o mar para brincar com pranchas de surfe de garrafa pet (Foto: Arquivo Pessoal)
A
redução dos valores é uma realidade. Uma prancha de Stand Up Paddle
(SUP), na qual
o praticante fica em pé e é movida a remo, muito difundida no mundo
inteiro, na
versão “normal” custa mais de R$ 3 mil, dependendo do modelo. Feita de
garrafas
pet, sai, no máximo, por R$ 120. A menor, semelhante às vistas no
litoral brasileiro, custa a metade do valor. A maior delas consome perto
de oitenta pets: o
meio ambiente agradece.
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É um prazer muito legal você surfar em
cima do lixo. Praticar um esporte e saber que contribuiu para limpar o meio
ambiente. Por isso acho tão importante difundir a confecção dessas pranchas.
Elas são mais lentas que as usuais, vai depender do tipo de garrafa utilizada.
Mas a diversão é garantida – diz Jairo, que usa, ainda, cola, compensados de
plásticos e canos de pvc, material que pode ser encontrado no lixo,
excetuando-se, aí, a cola.
Jairo Lumertz em ação com a prancha de lixo: ele mostra que é possível sim se divertir (Foto: Arquivo Pessoal)
Seis
ONGs que atendem crianças e adolescentes em Porto de Galinhas garantiram presença
no evento. São esperadas mais de 100 pessoas no workshop. Para os líderes das entidades, Jairo chega com uma opção de dar um
direcionamento importante, tendo como armas o esporte e o amor pela ecologia.
Alexandre Ferraz vai chegar junto no evento em Porto de Galinhas (Foto: Divulgação / Bidu)
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Alguns meninos me alertaram sobre
a sujeira nos mangues de Ipojuca, que é muita. Se você ensina uma criança
dessas a fazer pranchas com o material, certamente teremos um impacto positivo
no meio ambiente. Além disso, é uma maneira de os que não têm dinheiro para
comprar pranchas fazerem as suas próprias e praticar um esporte. Todos estão
ansiosos para participar da brincadeira - disse Pastor Alexandre, o "Pastor Beleza".
Quem também garantiu presença foi o surfista de
ondas gigantes, o pernambucano Alexandre Ferraz. Acostumado a enfrentar as
condições mais assustadoras pelo mundo, nunca teve a oportunidade de surfar com
pranchas feitas de pet, embora tenha conhecimento da iniciativa de Jairo.
- Desde minha infância surfo nas ondas do
Litoral Sul do Estado. E, para mim, não deixa de ser uma honra participar de
uma iniciativa como essa, que tem como foco não só a limpeza do meio ambiente
de Ipojuca, que está cada dia mais degradado, mas a prática de um esporte tão
saudável para as pessoas. Por isso, não poderia faltar. E não vejo a hora de
pegar onda com uma prancha dessas. Tenho certeza que vai ser emocionante.
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